Depois que a divulgação de uma inflação mais branda do que o esperado nos EUA reacendeu as apostas de que o Federal Reserve diminua o ritmo de suas altas de juros, os investidores estarão procurando por mais sinais que apontem para uma possível desaceleração das pressões inflacionárias. Assim, estarão em destaque o índice de preços ao produtor, preços de exportação e importação e vendas no varejo. O PPI deve subir 0,5% no dado mês a mês, resultando na taxa anual de inflação desacelerando de 8,5% para 8,3%, enquanto as vendas no varejo devem subir 0,9% no mês a mês, sugerindo que os consumidores ainda estão gastando, apesar do aumento preços. Enquanto isso, licenças de construção nos EUA, início de construção de moradias e vendas de casas existentes oferecerão mais pistas sobre o impacto das taxas crescentes sobre a atividade econômica. Além disso, uma série de resultados de lucros, particularmente os de grandes varejistas, incluindo Home Depot, Walmart e Target, ajudarão os investidores a avaliar a saúde da maior economia do mundo. Em outros lugares da América, o Canadá divulgará dados de inflação e vendas do setor de habitação.

No Brasil, segue a saga de quedas por ambiente político hostil. Lula e o PT já mostraram que não vieram para brincadeira. As ameaças contra o mercado financeiro, o tom hostil contra o teto de gastos e a responsabilidade fiscal deram a agenda do país pelos próximos 4 anos. Em um único dia, R$ 156 bilhões de valor de mercado das empresas com ações listadas na B3 evaporou... São os recursos das empresas mas também das pessoas, que investem seus patrimônios pessoais. Dólar subiu 3% e juros futuros também subiram forte. A taxa DI para 2024 saltou de 13,63% para 13,91%.

No Reino Unido, todos os olhos se voltam para o orçamento de outono do novo chanceler britânico, Jeremy Hunt, com divulgação na quinta-feira, que provavelmente apontará para cortes acentuados de gastos e aumentos de impostos para preencher o buraco fiscal de £50 bilhões nas finanças públicas do Reino Unido. Além da declaração orçamentária, o calendário econômico da Grã-Bretanha está repleto de dados importantes, incluindo relatórios importantes sobre inflação, desemprego e vendas no varejo. Espera-se que os dados de preços ao consumidor do Reino Unido para outubro mostrem a inflação anual acelerando para uma nova alta de 40 anos de 10,6%, contra 10,1% em setembro, reflexo do aumento dos preços regulados da energia, apesar de subsídios caros para limitar o aumento.

Em outras partes da Europa, os investidores ficarão de olho no Índice Zew de Sentimento Econômico da Alemanha e nos dados preliminares do PIB do terceiro trimestre de vários países, incluindo Holanda, Polônia e Rússia. Além disso, o Eurostat divulgará a estimativa final do PIB do terceiro trimestre e da taxa de inflação para a Zona do Euro, bem como a balança comercial, produção industrial e de construção; e preços de atacado.

Na Ásia, o Japão divulgará números preliminares do PIB do terceiro trimestre, seguidos pela taxa de inflação e pela balança comercial de outubro. A economia japonesa deverá ter crescido 0,3% no terceiro trimestre, estendendo três trimestres consecutivos de expansão. Enquanto isso, a China divulgará a produção industrial, as vendas no varejo, o crescimento dos preços da habitação e os dados de investimento fixo para outubro. Na Índia, espera-se que a impressão da inflação de outubro mostre que o crescimento dos preços no varejo desacelerou para se aproximar da meta superior de 6% do RBI, enquanto o Ministério do Comércio divulgará novos dados comerciais. Em outros lugares, os investidores aguardam decisões sobre taxas de juros das autoridades monetárias na Indonésia e nas Filipinas. Na Austrália, as atas da reunião de novembro do RBA devem fornecer mais informações sobre o curso da política monetária depois que o banco central apresentou um aumento da taxa de 25bps abaixo do esperado. Outros lançamentos importantes incluem dados trabalhistas de outubro e dados salariais do terceiro trimestre.