Essa semana traz muitas notícias para os investidores digerirem, entre elas a tão esperada decisão da taxa de juros do Federal Reserve (EUA) e o relatório de folhas de pagamento não-agrícolas. A inflação mostrou sinais de arrefecimento, alimentando as esperanças de que o Federal Reserve desacelere o ritmo de aperto de sua política monetária ao entregar um aumento menor de 0,25% na quarta-feira. Além do Fed, o relatório de janeiro das folhas de pagamento não agrícolas dos EUA será esclarecedor, a economia provavelmente adicionou 175 mil postos de traballho, enquanto o desemprego deve subir para 3,6%. Os salários médios por hora estão aumentando no mesmo ritmo dos períodos anteriores, algo em torno de +0,3% m/m. Além disso, os investidores prestarão muita atenção aos PMIs de manufatura e não manufatura do ISM, que provavelmente confirmam a contração da atividade fabril em janeiro, mas o setor de serviços voltou a crescer. Outras divulgações econômicas de primeira linha são JOLTs Job Openings, ADP private payrolls e S&P Global PMIs. Além disso, a temporada de resultados corporativos fornecerá ainda mais informações sobre como está a América "corporativa". Vem vindo divulgação de resultados da AMD, Meta Platforms, Alphabet, Amazon, Apple e Qualcomm. Em outras partes da América, o Canadá publicará os últimos dados mensais do PIB.

Na Europa, o Banco Central Europeu e o Banco da Inglaterra devem avançar com sua campanha agressiva contra a inflação e aumentar as taxas de juros em 50 pbs na quinta-feira. Na frente macro, os principais relatórios sobre crescimento, inflação e desemprego serão divulgados para a Zona do Euro, Alemanha, Itália, França e Espanha. O PIB da Itália provavelmente caiu em contração. Em relação às pressões de custos, a inflação na zona do euro como um todo deve continuar desacelerando em janeiro. Na Alemanha, no entanto, os preços devem acumular alta de 9,2%. Outros dados a serem observados incluem a pesquisa de negócios da área do euro e os preços ao produtor; Comércio interno e externo da Alemanha; indicadores monetários e preços de habitação da Inglaterra; indicadores de liderança, vendas no varejo KOF e confiança do consumidor da Suíça; e a taxa de inflação da Turquia. Os PMIs de manufatura e serviços de janeiro também serão atualizados.

Na Ásia, todo o foco está nos dados do PMI chinês para entender como está a segunda maior economia do mundo desde que o governo abandonou sua política de zero Covid no início do mês. Enquanto isso, no Japão, uma semana movimentada de lançamentos é encabeçada pelos números da confiança do consumidor em janeiro e números de construção de moradias, produção industrial, vendas no varejo e taxa de desemprego em dezembro. Na Índia, os investidores aguardam o Orçamento da União para o ano fiscal de 2023, já que as promessas anteriores de gastos conservadores se chocam com as recentes preocupações de crescimento mais lento no último ano do governo. Tanto a Índia quanto a Coreia do Sul publicarão os PMIs de janeiro, com o último país também fornecendo dados de inflação e comércio.

Uma semana repleta de divulgações importantes na Austrália, iniciando pela divulgação do Índice de Manufatura do Grupo Ai e vendas em no varejo para janeiro e crédito habitacional e licenças de construção para dezembro. Por fim, a Nova Zelândia deve divulgar a balança comercial de dezembro e os números do mercado de trabalho do quarto trimestre.