O Ibovespa terminou o pregão desta quarta-feira em queda – embora o índice tenha se afastado das mínimas registradas ao longo do dia. O início da sessão foi de queda forte do índice, refletindo as incertezas que assolam o setor financeiro – o principal foco de preocupação do dia foi a Europa, após o Credit Suisse (CS) demonstrar novas dificuldades de liquidez e seu maior acionista se recusar a injetar mais recursos na instituição. Contudo, o Banco Central suíço afirmou que fornecerá liquidez caso seja necessário. A afirmação repercutiu bem no mercado global e até aqui no Brasil, já que fez o índice Ibovespa reduzir as perdas.

 Silicon Valley Bank (SVB) faliu e agora temos um banco tradicional com problemas de liquidez. Bom, esses fatos são apenas a ponta de um iceberg e não vão deixar de se repetir por um longo período. Os casos são bem diferentes. Enquanto o SVB implodiu com a virada da curva de juros americana quando você vê um descompasso no juros que você paga aos correntistas de aplicações de curto prazo (obrigações) versus ativos de longo prazo como receitas de empréstimos não circulantes concedidos são difíceis de vender ou repassar entre instituições financeiras. Já o CS reflete uma crise sistêmica global já que opera nas maiores economias do planeta que oscilam momentos de mais saques do que depósito, o que descasa o caixa das empresas. 

O índice Ibovespa caiu 0,25% aos 102.675 pontos. Os destaques de hoje foram para Ambev ON (ABEV3) +0,50%, Banco Itaú PN (ITUB4) -0,25%, Banco Bradesco ON (BBDC3) +1,89%, Petrobrás ON (PETR3) -2,44% e Petrobrás PN (PETR4) +3,07%.